quarta-feira, 15 de maio de 2013

Por que misturar escola com religião é ilegal?

Segundo a Constituição, no artigo 19, inciso um, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios “estabelecer cultos religioso ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”, identificando o Estado laico, que deve ser imparcial, não podendo privilegiar nenhuma religião.
O ensino religioso é ilegal nas escolas por ser inconstitucional, não respeitando suas determinações, assim como vemos também no artigo 210, parágrafo primeiro, onde o ensino religioso deve ser “facultativo para o aluno, nos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental”.
Quando procuramos a palavra religião no dicionário, encontramos “Crença na existência de força ou forças sobrenaturais; manifestação de tal crença pela doutrina e ritual próprios; devoção.” (Ferreira, 2000). Na escola devemos educar e cuidar do aluno, partindo dos valores, da troca de experiência e conhecimento, para que se desenvolvam e se tornem bons cidadãos. Devemos mostrar a diversidade cultural, ensinando sobre todas as culturas e crenças, sem induzir ou determinar que os alunos sigam ou pratiquem os ritos de cada uma.
O ensino religioso deve acontecer em casa, junto com a família, nas igrejas ou templos, lembrando também daqueles que decidem não seguir nenhuma religião. O aluno deve saber sobre a existência de outras religiões, pois através do contato com o novo, o diferente se torne um momento de descobrimento, aprendizado e respeito.





Referências
BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século X XI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

Texto postado para a Atividade Integrada do Módulo 17 – Universidade Metodista
Jaqueline Marcondes dos Santos (RM: 196450)
Marco Antonio Ramos Pinto (RM: 197879)
Maria Eduarda Alvarenga Frazili (RM: 196711)
Regiane Justino Salles (RM: 196454)

quarta-feira, 27 de março de 2013

O currículo na escola

“Passo a me centrar na análise das relações entre educadora e educandos. Elas incluem a questão do ensino, da aprendizagem, do processo de conhecer-ensinar-aprender, da autoridade, da liberdade, da leitura, da escrita, das virtudes da educadora, da identidade cultural dos educandos e do respeito devido a ela. Todas essas questões se acham envolvidas nas relações educadora-educandos.” (FREIRE, 1997, p. 51)
Ao conhecer os educandos, os professores passam a conhecer a realidade em que estão inseridos, as necessidades e limites de cada indivíduo, levam em conta sua identidade e experiências. Com essa relação os alunos se sentem valorizados, integrantes da comunidade escolar e da sociedade onde estão inseridos.
A construção do currículo deve ter esse mesmo raciocínio, deve-se pensar o contexto sociocultural de cada aluno, pois essa atitude transforma o educando no personagem principal do processo de ensino e aprendizagem, onde suas experiências e pensamentos são considerados importantes na sua formação.
Para que a construção do currículo gire em torno dos educandos e dos educadores, estes últimos precisam estar conectados através de reuniões e diálogos, pois é através desse meio que todas as opiniões, pensamentos e conhecimentos poderão ser compartilhados, para posteriormente ser aplicado em sala de aula. O professor que é ouvido passa a ouvir os colegas e alunos, se conhece para conhecer o seu educando e se torna um ser pensante que ensina outros a pensarem.
Como disse Paulo Freire: “Perguntar-nos em torno das relações entre a identidade cultural, que tem sempre um corte de classe social, dos sujeitos da educação e a prática educativa é algo que se nos impõe. É que a identidade dos sujeitos tem que ver com as questões fundamentais de currículo, tanto o oculto quanto o explícito e, obviamente, com questões de ensino e aprendizagem.” (FREIRE, 1997, p. 63)
Muitas vezes vemos professores que pensam que o ensino e o aprendizado não têm um bom resultado, mas talvez o caminho que nos leva até ele esteja bloqueado e precisará de nossas forças para ampliá-lo, juntamente com nossos colegas de profissão, nossos gestores, educandos e seus familiares.




Bibliografia
FREIRE, P. Professora sim, tia não. São Paulo: Olho D’Água, 1997.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/curriculo-consistente-568009.shtml>. Acesso em 25/03/2013.

Texto postado para a Atividade Integrada do Módulo 16 – Universidade Metodista
Jaqueline Marcondes dos Santos (RM: 196450)
Marco Antonio Ramos Pinto (RM: 197879)
Maria Eduarda Alvarenga Frazili (RM: 196711)
Regiane Justino Salles (RM: 196454)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Estágio e formação docente

O estágio oferece experiências e aprendizados essenciais para a formação dos docentes, pois através dele vivenciamos situações reais, podemos praticar as teorias estudadas e em todas as atividades que realizamos, sejam elas breves ou complexas, percebemos que cada uma tem um grande valor para a nossa formação. Com a convivência com outros docentes temos a oportunidade de trocar experiências e adquirir novos conhecimentos, e nos tornamos melhores profissionais.
Ao se tornar professores, muitos pensam que o estudo e o aprendizado chegaram ao fim, pelo contrário, o aprender é eterno. O professor aprende com o aluno, ao mesmo tempo em que o ensina, além do mais, o docente precisa continuar a pesquisar, conhecer a sociedade em que está inserido e os seus alunos, para que suas atividades e métodos de ensino respeitem o processo de desenvolvimento de cada um.
Na Educação Infantil, o professor precisa trabalhar com o corpo, o movimento da criança, e a psicomotricidade no mostra que essas atividades, através dos jogos, das brincadeiras, do lúdico, a criança desenvolve o seu aspecto cognitivo, físico e afetivo, com isso a criança passa a conhecer seu corpo e suas limitações, se preparando para novos conhecimentos.
Durante o processo de estágio, percebemos que durante essas atividades a criança demonstra ser ativa, que constrói o seu conhecimento a partir das experiências vividas. No processo de ensino/aprendizagem a participação do professor e do aluno é fundamental, para que ambos possam aprender e ensinar através da troca de experiências, da participação e dedicação.
Ao longo de toda nossa vida docente precisamos nos renovar, pesquisar, estudar e ampliar nossos conhecimentos: a prática docente deve seguir as teorias, que não são somente textos, mas estudos que contribuem para o desenvolvimento da educação e a nossa formação contínua é feita através de cursos, aperfeiçoamentos, palestras, mas principalmente da experiência e vivência com outros docentes e com nossos alunos, que têm muito para nos ensinar.



Bibliografia consultada
Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século X XI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

Texto postado para a Atividade Integrada do Módulo 18 – Universidade Metodista
Jaqueline Marcondes dos Santos (RM: 196450)
Marco Antonio Ramos Pinto (RM: 197879)
Maria Eduarda Alvarenga Frazili (RM: 196711)
Regiane Justino Salles (RM: 196454)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O que é LIBRAS?

LIBRAS é a Língua Brasileira de Sinais, a língua natural dos surdos, e diferente do que muitos pensam, LIBRAS não é mímica ou gestos sem sentido, como uma língua, ela exige estruturas gramaticais.
Como o nome já diz, LIBRAS não é universal, ela é a língua usada no Brasil, e teve sua origem na Língua de Sinais Francesa. Cada país tem sua própria língua de sinais.
Para aprender um pouco mais sobre LIBRAS:
a) Os sinais são uma combinação do movimento e da forma das mãos, e de cada ponto do corpo ou ao redor dele que posicionamos os sinais.
b) Configuração de mãos: é a forma da mão que usamos, porém ao ser colocada em determinado ponto do corpo ou ao redor dele, tem diferentes significados. Exemplo: A configuração de mão em Y, ao ser colocada em frente ao queixo significa DESCULPAR e em movimento para cima, com o dedo mindinho no ombro significa IDADE.
c) Ponto de articulação: é o ponto onde o sinal é feito, no corpo ou no espaço ao seu redor.
d) Movimento: é o movimento que alguns sinais podem ter. Exemplo: o sinal VELHO não tem movimento (configuração de mão em S embaixo do queixo), já o sinal APRENDER tem o movimento (as duas mãos em L na altura do tórax em movimento de trás para frente)
e) Expressão: através das expressões faciais e corporais demonstramos a importância do que estamos transmitindo. Exemplo: ao contar uma situação onde você levou um susto com uma pessoa, demonstre como foi seu espanto através da expressão facial.
f) Datilologia: é o alfabeto manual, usada para expressar nomes, lugares e outras palavras que não possuem sinais. Exemplo: J-A-Q-U-E-L-I-N-E / H-I-P-O-T-E-S-E
g) Verbos: eles são sempre usados no infinitivo. Exemplo: EU APRENDER LIBRAS.
h) As frases: a estrutura das frases em LIBRAS é diferente do Português. Exemplo: Você gosta do curso de Libras? / VOCÊ GOSTAR CURSO LIBRAS?
i) Os pronomes pessoais: ao se referir ao alguma pessoa em Português utilizamos os pronomes, em LIBRAS utilizamos a forma de apontar: você, ele, ela, aqueles. Isso faz parte da cultura surda.

Alfabeto e Números
Fonte da imagem: <http://librasptodos.blogspot.com.br/2010/05/alfabeto-datilologia.html>. Acesso em: 26/02/2013

Mais informações sobre LIBRAS, acesse os sites:


Referências:
Disponível em: <http://www.libras.org.br/libras.php>. Acesso em 26 de fevereiro de 2013.

Postado por: Jaqueline Marcondes