quarta-feira, 27 de março de 2013

O currículo na escola

“Passo a me centrar na análise das relações entre educadora e educandos. Elas incluem a questão do ensino, da aprendizagem, do processo de conhecer-ensinar-aprender, da autoridade, da liberdade, da leitura, da escrita, das virtudes da educadora, da identidade cultural dos educandos e do respeito devido a ela. Todas essas questões se acham envolvidas nas relações educadora-educandos.” (FREIRE, 1997, p. 51)
Ao conhecer os educandos, os professores passam a conhecer a realidade em que estão inseridos, as necessidades e limites de cada indivíduo, levam em conta sua identidade e experiências. Com essa relação os alunos se sentem valorizados, integrantes da comunidade escolar e da sociedade onde estão inseridos.
A construção do currículo deve ter esse mesmo raciocínio, deve-se pensar o contexto sociocultural de cada aluno, pois essa atitude transforma o educando no personagem principal do processo de ensino e aprendizagem, onde suas experiências e pensamentos são considerados importantes na sua formação.
Para que a construção do currículo gire em torno dos educandos e dos educadores, estes últimos precisam estar conectados através de reuniões e diálogos, pois é através desse meio que todas as opiniões, pensamentos e conhecimentos poderão ser compartilhados, para posteriormente ser aplicado em sala de aula. O professor que é ouvido passa a ouvir os colegas e alunos, se conhece para conhecer o seu educando e se torna um ser pensante que ensina outros a pensarem.
Como disse Paulo Freire: “Perguntar-nos em torno das relações entre a identidade cultural, que tem sempre um corte de classe social, dos sujeitos da educação e a prática educativa é algo que se nos impõe. É que a identidade dos sujeitos tem que ver com as questões fundamentais de currículo, tanto o oculto quanto o explícito e, obviamente, com questões de ensino e aprendizagem.” (FREIRE, 1997, p. 63)
Muitas vezes vemos professores que pensam que o ensino e o aprendizado não têm um bom resultado, mas talvez o caminho que nos leva até ele esteja bloqueado e precisará de nossas forças para ampliá-lo, juntamente com nossos colegas de profissão, nossos gestores, educandos e seus familiares.




Bibliografia
FREIRE, P. Professora sim, tia não. São Paulo: Olho D’Água, 1997.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/curriculo-consistente-568009.shtml>. Acesso em 25/03/2013.

Texto postado para a Atividade Integrada do Módulo 16 – Universidade Metodista
Jaqueline Marcondes dos Santos (RM: 196450)
Marco Antonio Ramos Pinto (RM: 197879)
Maria Eduarda Alvarenga Frazili (RM: 196711)
Regiane Justino Salles (RM: 196454)

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